sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Casaco de crochet que acompanha o crescimento da bebé




Com a chegada do Outono, chegam também os dias mais frios e a vontade de tecer peças de crochet quentinhas! 
Para quem gosta de criar e oferecer lembranças personalizadas hoje partilho um casaquinho de crochet que foi idealizado e tecido por mim para oferecer a uma bebé recém-nascida, há cerca de 3 anos atrás.

Os materiais que utilizei foram lã cinza clara (hipoalergénica, para bebé) e agulha nº 3. Como pretendia criar um casaquinho que pudesse ser usado durante bastante tempo, decidi fazê-lo bem comprido, de modo a cobrir os pezinhos da bebé nos primeiros dias de vida. 































Decidi começar com um modelo bem conhecido e, facilmente, encontrado na internet, com pala de crochet, com decote quadrado e manga raglan, totalmente tecido em ponto alto (folgado, para dar alguma elasticidade à peça).
















A zona do tronco foi também tecida em ponto alto, excepto nas duas riscas horizontais em relevo, onde foi usado o ponto alto em relevo.
















Terminei com uns leques simples de crochet (pontos altos realizados no mesmo ponto da carreira anterior) para simular um folho.
















Teci, também, as mangas bem compridas para acompanhar o crescimento da bebé. Inicialmente a manga é usada com uma dobra para cima, que facilmente é desdobrada para aumentar o seu comprimento. Para dar um toque feminino terminei o bordo da manga com um folho.
















Por fim, teci um capuz para manter a cabeça da bebé bem quentinha!







































Para fechar o casaquinho foram aplicados 4 botões cinzentos. 













O resultado encantou-me! Numa só peça reuni tudo o que pretendia: um casaco de bebé quentinho, prático e confortável, sem costuras, que "cresce" com a bebé e a protege do frio desde os primeiros dias de vida! 



Este casaquinho foi criado para oferecer junto com a fralda de pano que já partilhei aqui.













quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Fralda de pano para bebé (com carrinho) / Baby muslin square (with stroller)

























Criar pequenas lembranças personalizadas é algo que eu gosto muito, e por isso não resisti a partilhar esta fraldinha de pano! Ela foi criada para oferecer a uma linda bebé, há cerca de 3 anos atrás.

O carrinho foi bordado em ponto de cruz e o gráfico pode ser encontrado neste blog.
















Decidi decorar os cantos da fralda com flores bordadas num ponto muito fácil e bonito: o ponto margarida (o passo-a-passo é facilmente encontrado na internet).


























Terminei a fralda com um bico de crochet delicado, que se assemelha a corações e que é executado numa só volta.





















Gostou da ideia?

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Açores - Ilha Terceira (3ºdia)

Angra do Heroísmo.


























O terceiro dia ficou ligeiramente condicionado pelo segundo jogo da nossa selecção de futebol no campeonato do mundo da Rússia. Com o Portugal-Marrocos agendado para as 12 horas locais não quisemos afastar-nos demasiado, pois era nossa intenção ver o jogo, tranquilamente, em casa. 

Assim, reservamos o período da manhã para uma visita à Fajã da Alagoa, uma antiga baía no norte da ilha delimitada por uma praia de calhaus rolados e arribas fósseis, onde sobressai o Biscoito das Calmeiras.


Esta estrutura é o vestígio de uma escoada traquítica, proveniente do Pico Alto, que desceu a encosta do vulcão e deu origem a um promontório. No local existem diversos miradouros com vistas panorâmicas sobre a costa norte da ilha e sobre as arribas, sendo possível observar o  interessante e belo fenómeno de disjunção colunar. 







Depois de um almoço pleno de agitação e emoções fortes, com a vitória tangencial da nossa Selecção Nacional, arrancámos em direcção à Serra de Santa Bárbara, contornando a ilha pelo sul. Ao longo do trajecto sucedem-se pequenas localidades e comunidades, bem como os tradicionais Impérios do Espírito Santo, omnipresentes em todo e qualquer recanto dos Açores, mas que aqui adquirem uma expressão significativa.

Em poucos minutos chegamos a Cinco Ribeiras, o primeiro local de paragem obrigatória da tarde, onde encontrámos o tradicional e famoso Queijo Vaquinha. Trata-se de uma pequena fábrica de queijo de cariz familiar, onde é possível assistir ao processo de fabrico do queijo e degustar as variedades aí produzidas. Ao balcão é possível, ainda, adquirir iogurtes da marca Queijo Vaquinha e outros produtos típicos dos Açores, como o pão lêvedo, vendido simples ou recheado com deliciosas fatias de queijo. Impossível resistir!!!





Continuamos a nossa viagem, com o objectivo de subirmos ao ponto mais alto da ilha. A subida ao topo da Serra de Santa Bárbara é gloriosa, por entre pastos intermináveis, denso arvoredo e paisagens incríveis. O maciço ocupa a zona oeste da ilha e corresponde a um estratovulcão activo, apresentando uma altitude máxima de 1021 metros.





A aproximação ao cume trouxe consigo algum nevoeiro, que aqui e ali nos privou de algumas perspectivas sobre a ilha, mas foi lá bem no topo que decidimos "atacar" os víveres que havíamos adquirido pouco tempo antes. Um lanche 100% made in Queijo Vaquinha! Aqui é possível observar a paisagem natural da floresta-de-nuvens dos Açores e sua enorme variedade de plantas endémicas raras. Os charcos temporários (charnecas macaronésicas endémicas) e os prados naturais são outros motivos de interesse para quem visita este local.




Descemos a serra e continuamos para oeste, até à freguesia da Serreta. Aí, no topo da falésia conhecida como Ponta do Queimado, encontrámos o Farol da Ponta da Serreta. Edificado em 1907, com uma torre de 11 metros de altura, foi demolido em 1983, depois de ter ficado seriamente danificado pelo sismo de 1980. Actualmente existe uma moderna torre em fibra de vidro, com alcance de 12 milhas náuticas.





A Ponta da Serreta teve a sua origem nas últimas fases eruptivas do aparelho vulcânico da Serra de Santa Bárbara. O esporão que hoje observamos, constituído por matéria vulcânica projectada em direcção ao mar, tem cerca de 600 metros de comprimento e 400 metros de largura e é um dos locais de nidificação de uma das mais emblemáticas aves marinhas do Açores, o Cagarro (Calonectris borealis).



Foi aqui, ao largo da Ponta da Serreta, que ocorreu a mais recente erupção vulcânica no arquipélago dos Açores. A 10 km da costa, a profundidades entre os 300 e os 800 metros, a Crista Submarina da Serreta originou um tipo de produto vulcânico desconhecido até então, os balões de lava, que hoje são referidos internacionalmente em bibliografia da especialidade. 

As piscinas naturais dos Biscoitos distavam apenas alguns quilómetros deste local. Com o calor intenso que se fazia sentir não conseguimos imaginar um lugar mais oportuno para retemperar energias e "gastar" as últimas horas na ilha.





Para além dos banhos, houve tempo, ainda, para provar alguns doces tradicionais, como as Donas Amélias, um doce conventual típico da Terceira. Foi um final de tarde maravilhoso!



De volta a Angra do Heroísmo, subimos ao Alto da Memória, um obelisco edificado no topo dos Jardim Duque da Terceira, em homenagem à passagem de Pedro IV pela Ilha Terceira aquando da Guerra Civil Portuguesa. Daqui é possível obter uma perspectiva espectacular sobre a cidade de Angra do Heroísmo e Monte Brasil, bem como toda a zona envolvente.






Seguiu-se um breve passeio pelo centro histórico, antes de terminarmos o dia numa famosa cadeia de fast food internacional. Afinal, as férias são para isso mesmo! Foi o fim da nossa aventura na Ilha Terceira. Flores, aqui vamos nós!! 

Açores - Impérios do Divino Espírito Santo

Império do Divino Espírito Santo - Ilha Terceira

Os Impérios do Divino Espírito Santo constituem uma das marcas identitárias das ilhas dos Açores. São pequenos edifícios, mais ou menos ornamentados, em torno dos quais se desenvolve o culto da fé e união dos Açorianos. Muito comuns na Ilha Terceira, onde encontramos os exemplares mais exuberantes, são, também, encontrados um pouco por todas as outras ilhas e em locais com forte presença de emigração, como o Brasil e América do Norte.

Tradicionalmente as festas do Espírito Santo decorrem todas as semanas, desde a Páscoa até ao Domingo de Pentecostes. Durante este período de celebrações são realizadas procissões, convívios e dádivas à população, onde se incluem as famosas sopas do Espírito Santo, diversas variedades de pão e massa sovada, biscoitos e doces.

Estes são alguns dos Impérios que fomos "coleccionando":

Ilha Terceira




















































Ilha do Faial















































Ilha do Pico












































Lamentavelmente não conseguimos fotografar nenhum Império na Ilhas das Flores. A "caça" aos Impérios nunca foi, diga-se, o nosso propósito, e a menor abundância destes nesta ilha também não ajudou.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...